Gestores ouvidos pela FORBES, à margem do primeiro workshop sobre Felicidade Corporativa, promovido pela start-up OKU HUMAN, consideram ser essencial que as organizações olhem para a felicidade dos seus quadros e que haja um relacionamento positivo entre as partes, quer seja dentro ou fora das organizações.
Além de administradores e directores de instituições, a OKU HUMAN que, segundo os seus fundadores, quer mudar a forma como se gere e se lidera pessoas e o talento nas organizações, juntou no evento empresários, empreendedores e agentes sociais para partilha de experiências.
Questões como a liderança, gestão de equipa, felicidade no local de trabalho, adaptação aos novos desafios profissionais, relação colaboradores, líderes, empresas e outros aspectos que servem para despertar as pessoas sobre a necessidade da Felicidade foram abordadas no evento em que participaram mais de 30 pessoas.
Nuno Cardoso, director regional da farmacêutica Bial Angola, defendeu que o mercado nacional deve ser esforçado a abraçar esse tipo de iniciativas que, como disse, servem para alertar os gestores sobre a melhor forma de liderar as organizações e ajudar o país a evoluir nos aspectos de gestão empresarial e não só.
“Há muito que os líderes das equipas e de grandes empresas esquecem que para além do trabalho existe um item importante, a felicidade no próprio local de trabalho e o sentir-se bem na empresa. Conseguimos nesta partilha de ideias compreender que quando não se tem felicidade no trabalho é porque não estamos no sítio certo. Somos chamados à nova abordagem da gestão das empresas e na indústria farmacêutica é a mesma coisa”, referiu.
Por sua vez, Cláudio Osório, um dos fundadores da jovem start-up OKU HUMAN, mostrou-se satisfeito com a aderência que o evento teve. “Senti que os participantes saíram deste evento com o sentido de que devem fazer alguma coisa por uma gestão mais positiva das empresas”, frisou. O empreendedor destacou também da necessidade de os colaboradores em Angola se sentirem conectados.
Os desafios da gestão no mercado
Com o cenário actual que as empresas vivem e os novos desafios do mercado nacional, os gestores em Angola, segundo Cláudio Osório, devem largar com urgência à gestão autocrática,
“Uma boa parte das organizações em Angola apresenta uma gestão muito focada no produto e serviço e nos resultados. A gestão ainda é muito de competitividade e as equipas precisam de energia positiva, precisam de estar felizes com o que fazem e desenvolvem para a continuidade do negócio”, disse.
Cláudio aponta o sector do retalho como um dos que deve passar por esta revolução, de se trabalhar mais pela felicidade dos funcionários, por considerar ser um dos que vive muito dos colaboradores. Seguem, na visão do empreendedor, os sectores da banca, seguros e da Saúde.
“Estes devem ser, na minha opinião, os primeiros interessados em buscar a felicidade dos seus colaboradores e melhorarem o modo como relacionam com os seus clientes, colaboradores e parceiros”, sugeriu.
Com olhos postos na expansão dos seus projectos, a OKU HUMAN lançou no mercado duas certificações internacionais em Happiness Manager e Chief Happiness Officer, que serão realizadas no mês de Março, no formato virtual e presencial, em que cada participante deverá pagar entre 450 mil kwanzas e 800 mil kwanzas por cada participante.
Segundo Cláudio Osório, tratam-se de direcionadas, em que uma é para um lado mais estratégico das empresas e outra mais virada para a gestão operacional. Durante, avança, serão ainda lançadas novas certificações, com o objectivo de atingir outras competências ao nível das organizações e do próprio mercado.
Criada no ano passado por Cláudio Osório e Tiago Carlos, a start-up OKU HUMAN é actualmente representante oficial para o mercado angolano da Happiness Business, consultora líder mundial especializada em felicidade organizacional, que, além de Angola, actua em países como Portugal, Holanda, Suíça, Brasil, Austrália, Espanha e Moçambique.